O que é um rola solto no Jiu Jitsu?
O famoso soltinho
Se você treina Jiu Jitsu a algum tempo deve ter ouvido falar ou até mesmo já praticado um rola com menos intensidade (força), seja com alguém menos graduado, crianças e no caso de homens com mulheres. Nada mais é do que um rola normal, onde o objetivo principal é conseguir aplicar em alguns minutos de rola, a maior variação de posições possíveis permitindo que ambos consigam desenvolver tecnicamente posições de uma forma menos intensa que não trave a uma técnica por muito tempo.
Benefícios de treinar soltinho
O rola com menos força permite que o atleta de Jiu Jitsu, consiga aumentar seu know-how de ataques e defesas em uma forma mais técnica, o intuito desse tipo de treino é o de não ficar amarrado a uma única posição ou se colocar muita força em determinado movimento, em que ambos cedem um pouco em suas pegadas para que neste jogo consiga se o máximo de aproveitamento e rendimento de variações de posições, tornado esse momento mais produtivo em questão de aprendizado.
Como sendo um treino bem menos tenso o praticante de Jiu Jitsu consegue ter mais tempo de raciocínio e de percepção de movimentos, conseguindo antever qual será o próximo movimento que ele conseguirá realizar e assim colocar em prática várias técnicas que por muitas vezes seriam ensinadas em apenas um treino de forma exaustiva. Outro benefício do rola soltinho é da capacidade de o aluno conseguir melhorar suas transições de técnicas, onde em determinado momento alguém cede para que possa haver a aplicação de um novo movimento dentro do rola.
A intenção em sua maioria é o de não haver finalizações mas de proporcionar a oportunidade de crescimento e desenvolvimento daquilo que o praticante de Jiu Jitsu tem para demonstrar. Devido à grande movimentação dentro do tatame é um ótimo exercício cardiovascular, que pode proporcionar perda de peso, podendo ser substituído por treinos em esteira por exemplo.
Muitos professores também o utilizam como forma de aquecimento.
Quando devo treinar solto?
Bem esta questão pode dizer muito sobre cada atleta, mas temos aqui algumas recomendações;
- Ao treinar com crianças, mulheres e pessoas com baixo peso, faixas brancas;
São indicados com o intuito de evitar que se machuquem com maior facilidade, treinando com pessoas com essas características não existem motivos para se utilizar de tanta força, neste momento o rola mais solto, pode incentivar e não assustar muitos iniciantes, deve existir aqui o momento de ensinar e aprender.
- Treinar com pessoas que estão voltando depois de uma lesão;
Aqui mais do que nunca é recomendado esse tipo de treino, tendo como objetivo inserir novamente o aluno no ritmo de treino, mas de forma mais cautelosa, o soltinho aqui é uma recomendação mais que correta, deve se observar qual membro esteve lesionado e evitar que entre em confronto mais intenso, sendo uma ótima forma de recomeçar depois de algum tempo parado.
- Antes de competições;
Muito utilizado por atletas para dar uma baixada na adrenalina e controlar a ansiedade e até mesmo para bater peso. Há quem goste para dar aquela última ajustada nas posições.
O rola solto é para todos?
Esta é uma questão que envolve muitos pontos, que podem levar a uma única resposta. Não.
O rola solto não é para todos, isso porque exige muita disciplina por partes dos atletas, principalmente com sentimentos como o ego.
Isso porque essa forma de treinamento exige que o atleta diminua um pouco do seu ‘’gás’’ afim de proporcionar ao oponente que ele também aplique suas técnicas de uma forma mais racional, utilizando mais de sua percepção do que a força propriamente dita.
O treino tem como objetivo maior desenvolver a capacidade do atleta de melhorar suas passadas, raspagens sem ser visto como uma afronta pelo adversário. Como dissemos nem sempre o intuito é de finalizar, mas de construir oportunidades de evolução dentro do tatame.
Atletas com muito orgulho e com superego, podem ter dificuldades neste tipo de treino.
Onde com 2 ou três minutos de rola já parte para o uso da força o que não é a intenção. Cabe a cada um escolher o companheiro de treino que mais se adeque. Pois também pode ser que muitos tenham estilos que não permite esse tipo de treino, por possuírem um estilo de luta mais travado.
A recomendação é que se opte por pessoas menos graduadas que estejam na mesma vibe de treinamentos. Isso porque neste momento todos podem se auto avaliar, corrigir erros, melhorar técnicas, tudo sem pressão, sem força e disputa por finalizar.
Use a inteligência
Seja você graduado ou não, é importante que tenha inserido esse tipo de treinamento em sua agenda, dedique se pelo menos 1x na semana. Lembrando que o Jiu Jitsu não é só o uso da força física, mas também de muita técnica que é aprendida com uma forma mais sutil, no qual se permite ceder, diminuir a resistência, viabilizando o caminho para evolução no do jo. Esse ritmo de treino conduz mais ao equilíbrio, não que o uso da força não seja importante, mas de ser ter a consciência que nem sempre força indica que o resultado será positivo.
O racionalidade também é exigido no Jiu Jitsu, por isso é uma artes marciais mais completas. O Jiu Jitsu por essência instrui ao aluno que ele use de inteligência nos treinos e competições, que em sua técnica estejam presentes tanto a força como o uso da mente, para que o resultado no tatame seja o alcance de objetivos não somente físicos mais também de construção de uma mentalidade determinada e focada em vencer e aprender a lidar com as frustrações.
Nossa dica
Permita se a conhecer e reconhecer o que há de melhor em seus colegas, use de respeito e admiração pelo esforço individual.
Deixe de lado sentimentos egoístas que não acrescentam nenhum valor a sua técnica.
Jiu jitsu é nobreza e evolução.
Esperamos que tenha gostado desse artigo.
Bons treinos!
Oss!
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