O Jiu Jitsu é um esporte Olímpico?
Como muitos sabem a edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, esportes como Karatê, Surf e Skate entraram para o seleto grupo de esportes olímpicos. Existem muitos entusiastas do Jiu Jitsu que gostariam que a modalidade estivesse nas próximas edições dos jogos olímpicos, assim como também muitos adeptos não veem com bons olhos essa questão.
Como uma prática esportiva como o Jiu Jitsu pode fazer parte das Olímpiadas?
Existe uma regra geral para que uma atividade esportiva, seja inserida como esporte olímpico. Regras essas determinadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). São estas:
- Ser praticado em 75 países e 4 continentes por homens;
- Ser praticado em 40 países e 3 continentes por mulheres;
- E ser regido por uma única entidade em escala global sua a direção de uma entidade internacional.
Exemplo dessas regras é o Judô brasileiro, que tem sua representação através da CBJ e que está sob o comando de regras e padrões da FIJ, entidade maior do esporte.
Mas o que falta para o Jiu Jitsu estar nas próximas Olímpiadas?
Essa é uma questão que existem várias repostas, que dividem muito as opiniões de muitos atletas. Vejam alguns pontos:
Hoje existem muitas confederações e federações que divergem em várias questões da modalidade, que na verdade enfraquecem no ponto de vista como entidade, pois como regra principal para ser um esporte olímpico, estar sobre a égide de uma entidade internacional onde as mesmas regras se aplicam em qualquer lugar do planeta, unificando padrões, como vestimenta, no caso as cores dos kimonos, cores de faixa, regras de golpes, entre outros.
Algumas federações que se destacam hoje no Brasil: CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu Jitsu), CBJJE ( Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo) e CBJJO ( Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Olímpico).
Mas ainda existem as FPJJ, FBJJ e outras entidades vinculadas a essas ou outras confederações.
Um ponto que os profissionais destacam é de que muitos atletas hoje, tem como renda o Jiu Jitsu e suas academias e que não sobrevivem apenas de patrocínio e de conquista de campeonatos. Se existir hoje uma regulamentação apenas com o intuito de lançar atletas olímpicos hoje poderia prejudicar em muito o “ganha pão” de muitos amantes da modalidade. Isso porque existe uma burocracia por detrás de cada entidade, muito de seus mentores e afiliados defendem com unhas e dentes a metodologia utilizada.
A rivalidade vai além dos tatames, são questões que também estão presentes em outras modalidades, sempre baseado nos faturamentos e na divulgação, seja ela em campeonatos nacionais e internacionais, contratos de exclusividade de transmissão, entendimento das regras.
Vaidades a parte, seria muito bom ver cada vez mais esportes que são tão populares inclusos na grade de esportes olímpicos, uma vez que base para a formação de grandes atletas está na inclusão social, com projetos no interior do Brasil, assim como acontece com modalidades como o Judô.
Quando sabemos que o lema das Olimpíadas está na interação entre povos e raças, ficamos esperançosos em logo ver o Jiu Jitsu entre os principais esportes de destaque de uma edição olímpica dos próximos anos.
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